1-TRAJES ESPACIAIS
Pense em como você se veste ao sair em um dia frio de inverno: coloca sua camiseta, calças, suéter, talvez roupas íntimas compridas, jaqueta, luvas, chapéu ou gorro, cachecol e botas. Você veste muitas roupas para se proteger do frio. Agora imagine o que teria que vestir para se proteger no espaço sideral! Os trajes espaciais devem proporcionar o conforto e suporte que a Terra ou a espaçonave proporcionam, resolvendo problemas como atmosfera, água e proteção contra radiação.
- Você ficaria inconsciente em 15 segundos devido à falta de oxigênio.
- Seu sangue e fluidos corporais entrariam em “ebulição” e congelariam, pois há pouca ou nenhuma pressão do ar.
- Seus tecidos (pele, coração e outros órgãos internos) expandiriam devido aos fluidos em ebulição.
- Você enfrentaria alterações extremas na temperatura:
- luz solar: 120ºC
- sombra: -100°C
- Você seria exposto a vários tipos de radiação, como raios cósmico se partículas carregadas emitidas do sol (vento solar).
- Você poderia ser atingido por pequenas partículas de pó ou rocha que se movem em altas velocidades (micrometeoróides) ou detritos de satélites ou espaçonaves em órbita.
Então, para lhe proteger desses perigos, um traje espacial deve:
- possuir uma atmosfera pressurizada
- fornecer oxigênio
- remover o dióxido de carbono
- manter uma temperatura confortável, não importando o trabalho árduo ou movimento para dentro e fora de áreas iluminadas pelo sol
- protegê-lo de micrometeoróides
- protegê-lo da radiação até certo grau
- permitir que enxergue claramente
- permitir que você mova seu corpo facilmente dentro do traje espacial
- permitir que você fale com outros (controladores terrestres, outros astronautas)
- permitir que você se mova ao redor da parte externa da espaçonave
Tornando o espaço um lugar mais seguro
Ao criar um ambiente similar ao da Terra dentro do próprio traje, os trajes espaciais permitem que os humanos andem no espaço com relativa segurança. Os trajes espaciais proporcionam:
O traje espacial fornece pressão de ar para manter os fluidos em seu corpo no estado líquido – em outras palavras, para evitar que seus fluidos corporais entrem em ebulição. Como um pneu, o traje espacial é essencialmente um balão inflado restringido por algum tecido emborrachado, neste caso, fibras revestidas de Neoprene. A restrição colocada na parte do “balão” do traje fornece pressão de ar sobre o astronauta que o veste, como soprar um balão dentro de um tubo de papelão.
Os trajes espaciais não podem usar ar normal (78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de outros gases), pois a baixa pressão causaria concentrações de oxigênio perigosamente baixas nos pulmões e sangue.
O astronauta exala dióxido de carbono. No espaço, confinado do traje, as concentrações de dióxido de carbono se acumulariam a níveis mortais.
Para lidar com os extremos de temperatura, a maioria dos trajes espaciais são pesadamente isolados com camadas de tecido (Neoprene, Gore-Tex, Dacron) e cobertos com camadas externas reflexivas (Mylar ou tecido branco) para refletir a luz solar. O astronauta produz calor de seu corpo, especialmente ao realizar atividades árduas. Se esse calor não for removido, o suor produzido pelo astronauta irá embaçar o capacete e fará com que o astronauta fique gravemente desidratado; o astronauta Eugene Cernan perdeu vários quilos durante sua caminhada espacial na Gemini 9. Para remover esse excesso de calor, os trajes espaciais têm usado ventiladores/trocadores de calor para soprar o ar frio, como nos programas Mercury e Gemini, ou roupas refrigeradas a água, que são usadas do programa Apollo até hoje.
Para proteger os astronautas de colisões com micrometeoróides, os trajes espaciais têm múltiplas camadas de tecidos resistentes, como o Dacron ou Kevlar. Essas camadas também evitam que o traje rasgue durante exposição a superfícies da espaçonave, planeta ou Lua.
Os trajes espaciais oferecem apenas proteção limitada da radiação. Alguma proteção é oferecida pelas coberturas reflexivas de Mylar que são embutidas, mas um traje espacial não ofereceria muita proteção de uma fulguração solar. Então, os passeios espaciais são planejados durante períodos de baixa atividade solar.
Os trajes espaciais têm capacetes feitos de plástico límpido ou policarbonato resistente. A maioria dos capacetes têm coberturas para refletir a luz solar e visores tonalizados para reduzir o brilho, de modo bem parecido aos óculos de sol. Também, antes de uma caminhada espacial, as placas faciais internas do capacete são borrifadas com um composto anti-neblina.
O movimento dentro de um traje espacial é difícil. Imagine-se tentando mover seus dedos em uma luva de borracha inflada de ar; isso não dá muito certo. Para ajudar neste problema, os trajes espaciais são equipados com juntas especiais ou estreitamentos no tecido para ajudar os astronautas a flexionar suas mãos, braços, pernas, joelhos e tornozelos.
Os trajes espaciais são equipados com transmissores/receptores de rádio, de modo que os astronautas que passeiam pelo espaço podem falar com os controladores de terra e/ou outros astronautas. Os astronautas usam conjuntos com microfones e fones de ouvido.
Um pouco de história
Quando o avião a jato foi desenvolvido, os pilotos precisavam de trajes de vôo pressurizados para lidar com a baixa pressão atmosférica e falta de oxigênio em altas altitudes. A maioria desses trajes era projetada para ser usada somente quando a cabine pressurizada falhasse. Os trajes consistiam de tecido revestido de borracha de neoprene, que poderiam inflar como um balão, e um tecido mais rígido acima do neoprene, para restringir o traje e direcionar a pressão para dentro, sobre o piloto. Mangueiras foram conectadas do avião no traje para fornecer oxigênio.
Pilotos de teste da série H-10 pressurizando seus trajes |
Astronautas da Mercury original em seus trajes espaciais |
Foto cedida pela NASA |
Foto cedida pela NASA |
Foto cedida pela NASA |
Vestindo um traje espacial
Foto cedida pela NASA |
Para se prepararem para uma caminhada espacial, os membros da tripulação devem fazer o seguinte:
- reduzir a pressão no ônibus espacial para 0,7 atm e aumentar o oxigênio
- pré-respirar 100% de oxigênio durante 30 minutos para remover o nitrogênio de seu sangue e tecidos
- colocar a MAG
- entrar na câmara pressurizada
- colocar a LCVG
- Conectar o EEH ao HUT
- conectar o DCM ao HUT (o PLSS é pré-conectado ao HUT)
- conectar os braços ao HUT
- esfregar o capacete com composto anti-embaçamento
- colocar um espelho de pulso e lista de verificação nas mangas
- inserir uma barra alimentícia e uma IDB cheia de água no interior do HUT
- verificar as luzes e câmeras de TV no EVA
- colocar o EVA sobre o capacete
- conectar o CCA ao EEH
- entrar no LTA e puxá-lo acima de sua cintura
- conectar a SCU no DCM e no ônibus espacial
- contorcer-se na parte do torso superior do traje
- conectar os tubos de refrigeração da LVCG ao PLSS
- conectar as conexões elétricas do EEH ao PLSS
- travar o LTA no HUT
- colocar o CCA e os óculos (se o astronauta os usar)
- colocar as luvas de conforto
- travar o capacete e EVA
- travar as luvas externas
- verificar se há vazamentos na EMU aumentando a pressão para 0,20atm acima da pressão da cabine pressurizada.
A ausência de vazamentos indica que a cabine deve ser despressurizada. Assim que etapas forem cumpridas:
- a EMU despressuriza automaticamente para sua pressão operacional
- os trajes são amarrados à câmara pressurizada
- a porta externa da câmara pressurizada é aberta
- a SCU é desconectada da EMU
- os astronautas saem da câmara pressurizada para o compartimento de carga do ônibus espacial.
E a caminhada espacial começa. Neste ponto, a EMU é ela mesma uma espaçonave, independente do ônibus/estação espacial. É por isso que cada EMU tem uma etiqueta de preço de R$ 25 milhões. Depois da caminhada espacial essas etapas são invertidas, para o astronauta sair do traje e voltar para a espaçonave.
Os desafios da agricultura espacial
Os experimentos atuais de agricultura espacial examinam diferentes aspectos da agricultura na microgravidade (termo para descrever um ambiente com pouca ou nenhuma gravidade). Esses experimentos poderiam ser úteis no caso de agricultura na superfície da Lua ou de Marte, que apresentam níveis significativamente mais baixos de gravidade do que a Terra. As plantas usam a gravidade para favorecer aspectos como o crescimento da raiz e a direção do caule. Os cientistas analisam se as plantas podem crescer adequadamente com níveis mais baixos de gravidade, e que níveis são esses.
As plantas devem crescer em câmaras especiais à bordo da ISS. Os astronautas realizam experimentos nas plantas e nas câmaras, tentando conhecer e aprimorar o processo da agricultura espacial.
A maioria das plantas na Terra recebe cargas de luz do sol e cresce em direção a essa luz, mas os pesquisadores precisam enganar as plantas que crescem no espaço para que elas sigam o mesmo comportamento. A escolha da iluminação nas câmaras de cultivo é uma questão importante por diversas razões. No espaço, é fundamental usar energia de forma eficiente, pois lá os recursos são limitados. A energia não pode ser desperdiçada em lâmpadas que não maximizam sua saída. Além disso, os tipos diferentes de iluminação criam níveis diferentes de calor, e calor extra é algo que a espaçonave deve eliminar (os pesquisadores preferem lâmpadas que produzem pouco calor). Os astronautas (em inglês) também não têm muitos ambientes para colocar as lâmpadas sobressalentes pelo espaço, por isso, precisam de uma fonte de iluminação resistente, como os LEDs (diodos emissores de luz).
A pouca gravidade, ou a falta dela, pode afetar a forma como os materiais de fixação funcionam. Materiais de fixação e solos diferentes são importantes quando se trata de distribuição de água e de ar – dois fatores muito importantes para o bom crescimento da planta. No espaço, solos granulados podem fazer a água se dispersar, e solos finos podem impedir o fluxo de ar [fonte: Franzen (em inglês)]. Os pesquisadores estão testando muitas possibilidades, como partículas de argila, hidroponia e um material semelhante à turfa úmida.
As plantas crescem usando o ar, a umidade e a microgravidade da espaçonave – em condições diferentes às existentes na Terra. Os pesquisadores estão estudando se todos os contaminantes e organismos perigosos do espaço afetarão as plantas que crescerem lá, tornando-as impróprias para o consumo humano – as mudanças no código genético das plantas poderiam ser prejudiciais. Existe uma possibilidade de que, se os astronautas trouxessem as plantas de volta e as misturassem às plantas cultivadas na Terra, poderia-se acabar com a versão espacial de kudzu. O kudzu (Pueraria montana) é uma espécie invasiva de planta, levada do Japão para os Estados Unidos no fim de 1800.
Os alojamentos confinados da espaçonave são muito diferentes do solo compacto e aberto que existe na Terra. Os pesquisadores precisam desenvolver um equipamento simplificado e eficiente que possa segurar as plantas à medida que crescem no espaço limitado. As máquinas para o cultivo devem ser automáticas e capazes de controlar água, umidade, iluminação, circulação de ar e quantidade de nutrientes. Essas máquinas também precisam se integrar ao sistema de suporte para a troca bem-sucedida de dióxido de carbono e oxigênio.
Então, quando os astronautas vão poder visitar o primeiro bufê de saladas espacial? Pode levar um tempo até que os pesquisadores entendam e superem os obstáculos que a agricultura espacial apresenta.
Pesquisa de agricultura espacial
O especialista espacial Fabian dorme em um saco de dormir fechado por um zíper e preso à parede estibordo do convés intermediário, em uma missão realizada em 1983
Como os astronautas dormem no espaço
Isso significa que eles podem dormir praticamente em qualquer lugar na espaçonave, desde que se prendam a alguma coisa: ao chão, às paredes ou ao teto. Embora alguns, como o primeiro astronauta do Canadá, Marc Garneau, prefiram dormir “flutuando”, a maioria utiliza sacos de dormir para imitar a forma como fazem na Terra. Como dormir flutuando faria com que os braços e pernas ficassem se debatendo, o saco de dormir mantém o corpo todo juntinho, aconchegante e normal.
Leva um bom tempo para os astronautas se acostumarem a dormir no espaço. Após milhares de anos de evolução na Terra, nossos corpos e cérebros estão acostumados aos ritmos circadianos, o ciclo de 24 horas de acordar e dormir.
As dificuldades de se dormir no espaço
comida espacial | |||
Space Frontiers/Space Frontiers/Getty Images |
- estrogonofe de carne
- biscoitos
- cereal crocante de arroz
- cozido de frango
- ovos mexidos
- abacaxi
- barras de granola
- macarrão com queijo
- pudim de chocolate
O apetite no espaço
Será que os alimentos tem o mesmo sabor quando estão flutuando a milhares de quilômetros da Terra? Os cientistas dizem que não: em um ambiente sem gravidade, o aroma da comida não chega ao nariz da mesma forma que em um ambiente na Terra. Como o cheiro é parte essencial do sabor, os astronautas perdem muito do sabor dos alimentos. A ausência de peso também faz com que fluidos se acumulem na parte superior do corpo dos astronautas, o que os deixa com os narizes sempre entupidos. Se você já tentou comer quando estava resfriado, sabe que isso deixa a comida sem gosto. |
A história da comida espacial
Os astronautas do projeto Mercury dispunham de comida espacial primitiva. Na foto: pacotes de sopa de cogumelos, suco de laranja, água de coco, suco de abacaxi, frango ao molho, pêras, morangos, carne e legumes. |
Quando surgiu o projeto Gemini, em 1965, a comida havia se tornado um pouco mais palatável. Os astronautas tinham mais opções, como por exemplo, coquetéis de camarão, peru, sopa de galinha e pudins de caramelo. A comida era congelada a seco, o que significa que era cozida, congelada rapidamente e depois preservada em câmara de vácuo para remoção da água. O congelamento a seco preservava os alimentos sem comprometer o sabor. Para reidratar a comida, o astronauta simplesmente colocava água no pacote com uma pistola de água.
Para o programa Apollo, o primeiro a conduzir homens à Lua, a NASA ofereceu água quente aos astronautas, o que facilitava a reidratação de alimentos. Os astronautas das missões Apollo também foram os primeiros a dispor de talheres, por isso não se alimentavam por meio de canudos. A missão introduziu a vasilha-colher, um recipiente plástico contendo alimentos desidratados. Depois que os astronautas injetavam água no recipiente para reidratar a comida, abriam um zíper e comiam com uma colher. O fato de a comida estar molhada, fazia com que ela aderisse à colher e não flutuasse pela nave.
A missão Apollo também introduziu bolsas termoestabilizadoras conhecidas como wetpacks. Eram bolsas flexíveis de plástico ou de alumínio que mantinham a comida úmida o suficiente para que não fosse preciso reidratá-la. A tripulação das Apollos podia desfrutar de jantares com bacon, cereais, sanduíches de carne, pudim de chocolate e salada de atum. Enquanto a Apollo 8 orbitava em torno da Lua na véspera do Natal de 1968, a tripulação pôde até saborear um bolo de frutas.
A missão Skylab, lançada em 1973, oferecia ainda mais confortos caseiros. Uma grande sala de jantar e uma mesa permitiam que os astronautas se sentassem para comer. O Skylab desfrutava do luxo de refrigeração de bordo (algo que nem mesmo o moderno ônibus espacial oferece), de modo que era capaz de carregar maior variedade de alimentos – um cardápio com um total de 72 itens. Bandejas de aquecimento de comida permitiam que os astronautas esquentassem comida durante o vôo.
Centro de Vôo Espacial Johnson, da Nasa (NASA-JSC) |
Comida espacial nos cardápios das missões
Astronautas e cosmonautas da missão STS-105 brindam com drinques espaciais |
Mas como o ambiente do espaço difere do da Terra, é necessário ajustar o consumo de determinados nutrientes. Por exemplo, no espaço os astronautas precisam de menos ferro do que na Terra. O ferro é usado principalmente para produzir glóbulos vermelhos e, no espaço, os astronautas têm menos glóbulos vermelhos. Caso comam ferro demais, ele pode se acumular e causar problemas de saúde. Os astronautas também precisam de cálcio e vitamina D porque os ossos não fazem o exercício necessário para se manterem fortes no ambiente sem gravidade do espaço.
Delícias do outro mundo Em 1998, 36 anos depois de se tornar o primeiro norte-americano a orbitar a Terra, John Glenn fez sua volta triunfal ao espaço, mas antes do lançamento fez um pedido – queria Tang. O suco de laranja de sabor adocicado, tornou-se um ícone cultural desde que foi adotado como bebida preferida nas missões Gemini e Apollo. Contrário ao que muitos acreditam, o Tang não foi desenvolvido especialmente para o programa espacial, pois a General Foods o lançou no mercado em 1957. No entanto, a empresa aproveitou as missões espaciais como base para sua publicidade.O sorvete dos astronautas é outro alimento espacial popular na Terra. As crianças o compram nos museus científicos porque ele parece uma versão mais crocante do sorvete comum. Mas o sorvete de astronauta vendido na Terra não é realmente autêntico – trata-se apenas de sorvete congelado a seco. O verdadeiro sorvete espacial é uma mistura (gordura de coco, leite em estado sólido e açúcar) congelada a seco e comprimida em forma de cubos, sob alta pressão. Os cubos são revestidos de gelatina para impedir que se despedacem. A tripulação da Apollo 7 é o único grupo espacialque realmente comeu esse sorvete. |
Levando comida ao espaço
Time Life Pictures/NASA/Time Life Pictures/Getty Images |
As refeições ficam armazenadas em armários dotados de bandejas, na ordem em que serão consumidas pelos astronautas. Considerando que uma missão espacial pode levar meses, a comida no espaço precisa ser projetada e embalada para evitar deterioração. Como o ônibus espacial não dispõe de um refrigerador, os alimentos precisam se manter frescos em temperatura ambiente. Existem diversas maneiras pelas quais a comida espacial pode ser preparada.
- Alimentos reidratáveis (ou congelados a seco) – a água é removida do alimento durante o processo de embalagem. Sopas, ovos mexidos e cereais matinais são embalados dessa forma.
- Alimentos de umidade intermediária – apenas uma parte da água é removida. Pêssegos, peras e damascos secos são exemplos de alimentos de umidade intermediária.
- Alimentos termoestabilizados – os alimentos são processados a quente, de forma a destruir bactérias e outros organismos, o que permite que sejam armazenados em temperatura ambiente. Frutas e atum são preservados desse modo.
- Alimentos irradiados – as carnes são cozidas, embaladas em bolsas metálicas e brevemente expostas a raios gama ou feixes de elétrons, de modo que não desenvolvam bactérias. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Associação Médica Americana afirmam que alimentos irradiados podem ser consumidos sem problemas.
- Alimentos em forma natural – barras de granola e biscoitos são exemplos de alimentos com maior duração. Eles são conservados em bolsas de fácil acesso.
- Alimentos frescos – frutas e legumes geralmente são embalados em sacos plásticos e sanitizados com cloro para preservar o frescor. No entanto, sem refrigeração a bordo do ônibus espacial, esses alimentos precisam ser consumidos nos dois ou três primeiros dias da missão ou irão se estragar.
Condimentos como catchup, mostarda e maionese têm embalagens próprias.Sal e pimenta são armazenados em forma líquida, de modo que os cristais ou grânulos não voem. O sal é dissolvido em água, enquanto a pimenta fica suspensa em óleo.
O ônibus espacial obtém seu suprimento de água de células combustíveis, que produzem eletricidade ao combinar hidrogênio e oxigênio, os principais componentes da água. Na Estação Espacial Internacional, a água é reciclada do ar da cabine. Como há pouca água de sobra, a maior parte da comida da estação espacial é termoestabilizada e não desidratada.
Cozinhando e cultivando comida no espaço
Centro de Vôo Espacial Johnson, da Nasa (NASA-JSC) |
Que gosto tem a comida?Sem dúvida, o preparo da comida espacial avançou muito desde a era em que os astronautas tinham de espremê-la de um tubo, mas será tão saborosa quanto a comida aqui da Terra? Um crítico de gastronomia, Bill Daley, do “Chicago Tribune”, testou as refeições, e sua opinião não tinha um tom muito positivo. Ele afirmou que “as fajitas de carne continham dois retângulos encharcados de carne de forma tão uniforme que era como se tivessem sido fabricadas por uma máquina”. A sobremesa, pêssegos secos, recebeu avaliação melhor. Daley disse que o prato tinha “sabor intenso e uma textura agradável de morder” [fonte: Discover Magazine (em inglês)]. |
Como os astronautas de hoje passam no máximo algumas semanas ou meses em missão, eles podem carregar a bordo toda a comida de que precisarão, mas, no futuro, as missões espaciais podem ser significativamente mais longas. Para chegar ao destino que a NASA pretende – Marte – e voltar, a jornada levará dois anos. Os astronautas precisariam de alimentos com validade de três a cinco anos e também precisariam começar a cultivar sua comida.
A NASA planeja cultivar frutas e legumes em fazendas espaciais – estufas com controle de temperatura, iluminação artificial e um sistema hidropônico, que usa nutrientes em vez de terra. As safras podem incluir soja, amendoins, espinafre, repolho, alface e arroz. Trigo e soja podem ser cultivados e processados em forma de pão ou massa. Os astronautas usariam essa comida para preparar refeições caseiras na cozinha. De acordo com a NASA, um cardápio de amostra para um jantar incluiria salada de espinafre e tomate com croûtons, macarrão com molho de tomate e um shake de leite de soja com manteiga de amendoim e chocolate.
Uma visão panorâmica do compartimento de administração de detritos da Oficina Orbital: o toalete fica à frente no corredor, do lado direito
Para impedir que os astronautas voem pelo compartimento em um ambiente de ausência de peso, o toalete vem equipado com encaixes para os pés (usados quando a pessoa se senta) ou uma barra abaixo da qual os pés podem ser acomodados (para uso em pé). O toalete dispõe também de uma barra para as coxas, semelhante à que você usa sobre seu colo quando vai a uma montanha russa, e de prendedores de tecido que circundam as coxas.
Para garantir que os resíduos não fiquem flutuando pelo ambiente, o toalete usa um fluxo de ar, e não de água, para dar a descarga. O ar suga os resíduos para longe do corpo do astronauta e os despacha. Depois que o ar é filtrado para remover as bactérias e micróbios, ele volta a ser usado na cabine de habitação.
Mas para onde vão todos os resíduos? Os resíduos sólidos são secados para remover toda a umidade, comprimidos e armazenados em um recipiente na nave. Eles são removidos e eliminados depois da aterrissagem. Os resíduos líquidos são despejados no espaço.
Na Estação Espacial Internacional, os resíduos líquidos são reciclados por meio de uma unidade especial de tratamento de água e transformados novamente em água potável. Os resíduos sólidos são guardados em um saco plástico. Sempre que alguém usa o toalete, o saco se comprime e sela como um compactador de lixo. Os sacos são recolhidos e depois enviados ao espaço em um recipiente especial.
Ir ao banheiro é desafio ainda maior quando os astronautas dão um passeio do lado de fora da espaçonave. Como não podem simplesmente tirar seustrajes espaciais para fazerem suas necessidades, os astronautas normalmente vestem uma fralda adulta superabsorvente. Essas fraldas são capazes de reter até um litro de líquido. Os astronautas também usam fraldas adultas durante a decolagem e aterrissagem. Depois de uma saída ao espaço, eles removem as fraldas e as descartam em um compartimento de armazenagem da nave.
Vida no espaço
O especialista espacial Fabian dorme em um saco de dormir fechado por um zíper e preso à parede estibordo do convés intermediário, em uma missão realizada em 1983
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Luas Galileanas
O nome desses quatro satélites naturais são derivados de paixões durante a vida de Júpiter,ou Zeus na mitologia grega.
Observação
Normalmente com um simples telescópio,é possível observar as luas galileanas girando em torno de Júpiter.
Concurso Cultural ”Um pedaço de Bendegó”.
-Pacote com livros,aplicativos e livretos -para todos os participantes da promoção-com poucos ou muitos cadastros.
Para os cadastrados:
-Carteirinhas da campanha ”Caçadores de meteoritos”- para todos os cadastrados-ou seja,aqueles que você cadastrou no formulário.
Telescope-Chuvas de meteoros em Janeiro/2013
Confira todas as informações sobre as chuvas de meteoros durante o mês de Janeiro,saiba como observar,assim como todas as suas informações,como velocidade dos meteoros,quantidade estimada de meteoros,data e constelação.
Legenda:
CHUVA-nome da chuva em questão
P-período em que ocorrerá
M-Momento máximo que ocorrerá a chuva.Melhor data para observar.
Telescope-Observando o céu no mês de Janeiro
Informações diárias
01/01/2013-
Máximo da chuva de meteoros Zeta Auriga
23:00-Lua próxima da estrela rho Leonis da constelação do Leão (magnitude 3.8)
23:00-Lua próxima da estrela Regulus da constelação do Leão (magnitude 1.3).
02/01/2013-
01:37-Terra no periélio.Menor distância do centro da Terra com centro do Sol com 147.099.586 km.